A história de Feira de Santana tem muitos pontos indefinidos que ainda causam polêmicas entre os historiadores: local exato da fazenda e da capela de Santana; origem dos seus proprietários Domingos Barbosa de Araújo e sua mulher Ana Brandoa, local dos minadouros que deram o nome de olhos d’água e outros pequenos detalhes.
Rollie E. Poppino em seu livro “ Feira de Santana” , o primeiro sobre a história da Cidade desde 1654 até 1950, não se preocupou com pequenos detalhes os quais também foram ignorados pelos historiadores Raimundo Antonio Carneiro Pinto, Oscar Damião de Almeida, Padre Galvão e outros.
Dentre esses pontos indefinidos está o nome da esposa do Tenente Domingos Barbosa de Araújo, Ana Brandoa, que alguns estudiosos acreditam que o nome Brandoa era uma corruptela do nome Brandão. Ela própria assinava Brandoa e por isso a maioria dos historiadores assim a grafavam. Outros acreditavam na corruptela e grafavam Ana Brandão. Houve quem afirmasse que Ana era analfabeta e por isso assinou Brandoa em vez de Brandão. Essa dúvida nunca saiu do canal das especulações, sem que algo de concreto fosse apurado.
Agora, depois de uma pesquisa na Google Earth encontrei as informações de que “ Brandoa é uma freguesia portuguesa do concelho de Amadora” ou seja um bairro de Lisboa. Segundo as pesquisas, “ as primeiras referencias que existem sobre este local datam de 1575. Nos arredores de Lisboa havia uma quinta de nome Brandoa. O nome da quinta teve origem nos seus proprietários – Dr. Jerônimo Vaz Brandão e mais tarde sua filha Maria Brandoa”. Ainda segundo a pesquisa na internet, Brandoa é uma palavra de origem céltica que advém do nome feminino, sendo portanto Brandão a forma mais antiga de transformar o ditongo nasal doa em dão. Portanto, o nome original é Brandoa, e Brandão tem a sua origem na palavra feminina.
Assim podemos afirmar que os fundadores da Cidade de Feira de Santana foram Domingos Barbosa de Araújo e Ana BRANDOA.