domingo, 7 de março de 2010

Uma homenagem especial ás mulheres Feirenses

Antigamente a mulher era, tradicionalmente, "de prendas domésticas": costurar, bordar, cozinhar, tocar piano, administrar o lar e cuidar dos filhos era o seu mister.
Em 1930 a "Escola Normal de Feira de Santana" diplomou sua primeira turma de professoras, com nove feirenses e duas de cidades vizinhas. Este ato consolidou o marco da educação em Feira e abriu caminho para a liberdade profissional da mulher na região.
Daquelas primeiras mestras lembro-me das Professoras Margarida e Lourdes Brito, Edith Machado Boaventura, Célida Soares, Bertulina Suzart, Georgina de Mello Erismann, Regina Vital, Sidrônia Junqueira, Esmeralda Brito, Alda Marques, Edelvira Oliveira, Maria Diva Portela, Emengarda Oliveira, Úrsula Lima Leite, além de outras que ensinavam nas escolas João Florêncio e Maria Quitéria.
Durante os sessenta anos seguintes a Escola Normal produziu centenas de professoras. Uma grande parte delas dedicou-se à Educação, direta ou indiretamente. Seus alunos, seus filhos, seus netos não ficaram analfabetos. Uma boa parte seguiu para as faculdades, outros ingressaram no comércio e na indústria, muitos dos quais construíram o progresso da cidade através da política, das letras, das artes, etc.
Mas elas não se acomodaram com o anel de professora: Rute Fernandes, Zaida, Izabel e outras fundaram os Grupos Dramáticos "Sales Barbosa", "Taborda" e vários Grêmios Literários. Alcina Fadigas criou o Clube Pastorial e Georgina Erismann criou o primeiro coral da Feira, onde ensinava música e poesia para quem quisesse aprender. Itan Guimarães e Olga Noêmia iniciaram a década de 40 c0m um grupamento de Bandeirantes.
Mais tarde, sob a orientação do Padre Mário Pessoa, foi recriado o grupo denominado "Senhoras da Caridad" formado pelas senhoras que então representavam a sociedade feirense, lideradas pela Professora Regina, além de Germina Carvalho Silva, Zildete Ferreira de Cerqueira, Arminda Guimãres Alencar, Glorinha Bahia, Amanda Azevedo, Amanda Portugal e muitas outras, cujo grupo convergiu para o atual Dispensário Santana.
Continuar falando sobre as mulheres da Feira antiga e moderna, é cometer injustiças, uma após a outra, pois cada nome que deixamos de citar, que são milhares, é uma injustiça cometida. As mulheres desta terra, ouso dizer, representam não só o espírito de luta do seu povo, como também o seu dinamismo. Parabéns ás mulheres de ontem e hoje. Salve o dia 8 de março!!!!!!

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