sábado, 27 de julho de 2013

MUDANDO DE ASSUNTO

PALAVRAS E PALAVRÕES É melhor mudar o assunto, pois, se continuar, não terei tempo para contar as coisas principais. Agora mesmo me veio à lembrança a palavra xispou, que se dizia quando alguém fora embora de maneira rápida. Já a palavra “mincha” se dizia de uma coisa muito pequena: salário mincho, festa mincha, e quando era coisa boa chamava-se de supimpa; a palavra usada como retado (e não arretado com se diz hoje) anteriormente significava “apetite para relação sexual”; depois passou a ter vários significados parecidos: sujeito retado: bom, valente; estou retado com fulano: aborrecido, chateado... Outra expressão muito usada era chamar o indivíduo (a) de “Amigo Urso” o que significava amigo traidor; aquele que traia a confiança do outro. Fulêro era como se chamava uma pessoa sem valor. Velhaco era o nome que foi substituído por caloteiro. Em Feira tinha o beco dos velhacos, pois era um rodeio para não passar pelo centro comercial. “Suruba” ou “Punheta” era o nome que se dava ao ato de masturbação.”Escroto” ou “Culhões” tinham o mesmo significados, mais também chamava-se de escroto o sujeito sem caráter, sem moral. “Fulêro” era o equivalente a vagabundo , sem valor, vulgar; ”lançando” era o nome que se dava a quem estava vomitando. “Aberteiro” era como se chamava o sujeito que levava as pessoas na conversa, com intuito de levar vantagem, hoje chama-se de “enrolado”. Existiam vários nomes para xingar o individuo, hoje chamado de home sexual; viado, bicha no Rio, Baitola no Ceará, Frango em Recife, Fruta, Fresco, também no Rio, Raul no Piaui ou Pará. Hoje ganhou o pomposo nome inglês de Gay. Outra palavra que tinha o sentido imoral da Vagina era “lanho” porem no interior de Santa Catarina significava fogo para cozinhar. . “Bofe” ou “bucho” era o nome dado a mulher feia; hoje são os pederastas que usam o nome de bofe. “Mufino” era como se chamava o homem covarde, aquele que não brigava de socos. Quando alguém queria se vangloriar, dizia: “eu sou espêto”. “Canalha”, “safado” “Capadócio” era como se chamava um mau elemento.”Carão” e “esbregue” era aquilo que hoje chamamos de repreensão. “Chaveco” era o mesmo que safadeza, molecagem.”Desassuntado” que significava sem respeito.”casa de Noca” era o que hoje chamamos “a casa da sogra” – lugar onde o indivíduo faz o que quer. “Escalafobético ou estranbólico” significava coisa desconhecida, sem explicação. “Rebarbado” era o tipo bruto, com pavio curto. “ Balzaquianas” eram as mulheres entre 35 a 45 anos, hoje chamadas de coroa. “Castelo” era o nome que se dava ao atual Motel, e Motel surgiu com os primeiros hotéis de estrada (Mo de motorista e otel de Hotel). “Lambança” era discórdia, arruaça, e lambanceiro era arruaceiro. “Relaxado” (a) era a pessoa que não se cuidava, que andava desarrumada ou dona de casa desorganizada. “Arraia” não era só peixe, era o que se chama pipa. O Guarda-chuva de hoje era chamado de Guarda-sol. “Galocha” era uma capa de borracha que se vestia o sapato em tempo de chuva.”Urupemba” era o nome da atual Peneira. Paió ou aió, o primeiro corruptela de paiol e o segundo, corruptela do primeiro. Quando se prendia um ladrão ou um arruaceiro, ou ainda um criminoso, a polícia tirava-lhe o cinturão (cinto) e o prisioneiro era obrigado a ficar segurando as calças e não podia correr; ainda não havia as algemas. Já pensaram se fosse hoje, ver um político tipo José Dirceu, juízes como Lalau, banqueiros como Bertiola e milhares (hoje já ultrapassamos a casa dos milhares) de “ ladrões de colarinho branco” segurando as calças...e “mexirico”? era o hoje conhecido como futrica, fuxico, “fofoca“conversa fiada”. ”Esculhambar”, fazer desordem ou xingar alguém; “adigitório”, hoje adjunto, era quando se reunia muitos lavradores para fazer algo que dependia de muitos dias para uma só pessoa; então convidava-se os vizinhos, preparava comida e bebida e fazia-se o trabalho, que era normalmente “fazer adobes” para construção de casa, capinar grande área de roça, etc..

domingo, 7 de julho de 2013

MINHA PRIMEIRA ESCOLA

Na escola tive muitos colegas: os vizinhos Martins Suzarte, José Fontes, Marum Cunha e o inesquecível Zé Boião, Quiquide (que era gago), entre outros, inclusive meninas; (só as escolas particulares até o quinto ano primário, admitiam mistura de estudantes de sexo diferente). A professora Neném, que era leiga mas eficiente no ensino, exigia o máximo de disciplina, sendo esta condição a que mais pesava no boletim escolar enviado semanalmente aos pais. Para ajudá-la na disciplina e no estudo como um todo, ela contava com a decisiva ajuda de uma régua, uma palmatória e uma interminável série de castigos, (cada vez que ela me castigava e mandava um bilhete para o meu pai falando do meu procedimento, ele me premiava com meia dúzia de bolos), culminando com sabatina feita aos sábados sobre aritmética, a qual despertava o amor próprio de cada aluno, em não querer ser humilhado por um colega ao levar um bolo dele, com palmatória, por responder aquilo que ele não soube. Graças a isso, até hoje as máquinas de calcular são desprezadas por mim. Até aos 70 anos de idade na Cidade de Barra do Mendes, flagrei 2 vezes um supermercado somando valor a mais do que foi comprado, simplesmente somando na cabeça todos os itens que ele somava em uma pequena máquina de calcular. Questionado, ele voltava a somar e confirmava a minha soma mental. Mas continuemos com a escola da professora Neném: naquela época havia a ferrovia, que ficava quase ao fundo da Igreja Matriz, que transportava muito gado vindo outros lugares e o descarregava em curral da própria ferrovia através de um corredor móvel feito de madeira, cuja fragilidade deixava escapar alguns garrotes mais bravos, provocando correrias de vaqueiros bem montados para evitar que os garrotes não escapassem do local e fossem pelas ruas da Cidade; as vezes eles rompiam o cerco e acabavam provocando o corre-corre nas ruas e oferecendo uma distração para quem estava abrigado. Eu e meus colegas tínhamos sempre informações sobre os dias e as horas das chegadas dos trens e lá estávamos para torcer por uma fuga de gado e acompanhar o desenrolar daquilo que considerávamos uma festa. Quando algum amigo da família me identificava naquela perigosa festa, logo levava ao conhecimento do meu pai e este me aplicava meia dúzia de bolos com a sua palmatória. O nosso respeito era tão grande ao severo pai, que ele não se dava ao trabalho de apanhar a palmatória. Mandava-nos apanhá-la, e com ela castigava os filhos. Aquilo nunca me causou qualquer trauma. Ao contrário, agradeço àquela maneira de educar os filhos, inclusive fazendo-os trabalhar desde os doze anos, dando-nos exemplos de honradez e virtudes.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A VOZ DO POVO ATRAVEZ DO TEMPO

De acordo com os nossos historiadores, a primeira voz a levantar-se contra um governo, foi Tiradentes e seus inconfidentes. Eram poucos e o governo sufocou; mas não acabou. Em 1817 houve revolução pernambucana (movimento revolucionário de cunho liberal e republicano) o povo teve maior participação e culminou com a anistia do Governo. A proclamação da Independência em 1822 teve a parcipação da Maçonaria,Intelectuais, a imprensa e o apoio geral do povo. 2 de julho de 1883 a Bahia, com o povo pegando em armas,a verdadeira Independência do Brasil. 1889... eu acho que não devemos ser prolixos em assuntos tão conhecidos. Vamos falar das revoluções mais recentes e que tiveram orígem no povo. 1930, o povo se revolta com a eleição duvidosa e explode com a morte de Jão Pessoa. O Povo se levanta e com Getúlio à frente,vence. 1964: O Presidente João Goulart tomou medidas esquerdistas e fomentou a indisciplina entre os subordinados das três forças armadas ao que reagiram os militares de patente mais alta e junto com os governos de Minas Gerais, São Pulo, Rio de Janeiro, e Rio Grande do Sul lançaram o Movimento Revolucionário e já no dia 11 de março o Congresso Nacional elegeu um presidente militar.Posteriormente acontecem crimes guerrilhas, sequestros. Violência gera violência e o povo brasileiro não aceita e vem às ruas; DIRETAS JÁ. "VOX POPULI..." e logo voltamos a democracia. 2013: A corrupção se torna virtude e a honestidade ganha o nome de babaquice. A Saúde se torna um pesadelo para o povo. Desarma-se o cidadão e deixa o bandido armado. Os policiais são cassados e mortos por bandidos. o povo fica enclausurado em casa e os bandidos soltos. O povo sabe que o País perdeu o conceito perante o mundo. Estão todos à beira do precipício. Estamos no fundo do poço. Mas o povo começa a reagir e volta às ruas para exigir um pouco de respeito ao cidadão brasileiro; para pedir que não se proiba o Ministério público de investigar corrupção; para evitar que poucos tomem conta de tudo. É uma cópia do Xavismo. Mas o povo volta às ruas e não arredará pé. Vamos, jóvens, velhos, de todas as classes, gritar NÃO ACEITAMOS PALIATIVOS. QUEREMOS TUDO QUE É NOSSO! "PRA FRENTE bRASIL !!!

terça-feira, 2 de julho de 2013

REPASSANDO MENSAGEM

A NOSSA LIBERDADE (GEN. PAULO CHAGAS*) Liberdade para quê? Liberdade para quem? Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar? Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas? Falam de uma “noite” que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 26! Fala-se muito em liberdade! Liberdade que se vê de dentro de casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fumê! Mas, afinal, o que se vê? Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos morros, negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia. Olhando mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos “bullying”, conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas, crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças assassinadas. Da janela dos apartamentos e nas telas das televisões vemos arrastões, bloqueios de ruas e estradas, terras invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos a mão armada. Vivemos em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e sequestros. Uma terra em que a família não é valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros. Mas, afinal, onde é que nós vivemos? Vivemos no país da impunidade onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em herói! Onde bandidos de todos os colarinhos fazem leis para si, organizam “mensalões” e vendem sentenças! Nesta terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos são assaltados e os caixas explodidos. É aqui, na terra da “liberdade”, que encontramos a “cracolândia” e a “robauto”, “dominadas” e vigiadas pela polícia! Vivemos no país da censura velada, do “micro-ondas”, dos toques de recolher, da lei do silêncio e da convivência pacífica do contraventor e com o homem da lei. País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras destruídas e o gado dizimado, sem contar quando destroem pesquisas cientificas de anos, irrecuperáveis! Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê? Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla? Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz? E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem? Quanta falsidade, quanta mentira quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a auto estima e a própria dignidade? Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade? * Paulo Chagas é General da Reserva do Exército do Brasil. 08-06-2013