sábado, 18 de maio de 2013
sábado, 27 de abril de 2013
Trecho inicial do livro "MINHAS MEMORIAS"
Nascido em dezembro (06) de
1925 (o meu irmão mais velho, Eurícles, apelidado de Liquinho, nasceu em 04 de
setembro de 1924). Nossos pais eram
muito pobres. Casaram-se contra a vontade do meu avô José Moreira Duarte não
queria o casamento e por isso fugiram: ela com apenas 14 anos. Foi aquela
história:”amor numa casa de taipa, coberta de palhas” Depois de os revoltosos terem fugido para a
Bolívia em 1927; tenho a lembrança que, provavelmente, em 1928, estava no
quintal da casa onde nasci, na rua dos olhos d’água, quando minha mãe fez-me
entrar em casa e fechou as portas, alegando que os revoltosos estavam chegando.
Talvez as notícias ainda recentes da Coluna Prestes, confundidas com a
revolução de 1930 que se aproximava, tenham confundido as pessoas mais pobres e
com pouquíssimas instruções então ali residentes.
A segunda lembrança é da viagem que fiz de
Feira para Santa Bárbara, via São José das Itapororocas, tendo dormido dentro
do caminhão quando este quebrou e, ao raiar do dia o motorista, Ramiro, me pôs
sobre os ombros e começamos a caminhar para o Distrito que não estava muito
longe. Nos pastos o gado se movimentava. Ramiro assobiava e eu lhe pedia para
parar o assobio, temendo que o boi viesse nos pegar.
Fiquei morando em Santa Bárbara com meus
avós. Eram donos de uma Pensão que ficava em uma esquina onde tinha uma feira
de animais. De amigos, lembro-me apenas
de Zezito e Princesa, ambos filhos de Francisco Valadares, este primo do meu
avô ou de minha avó. Não sei. Até o irmão mais velho que formou-se em direito,
foi Deputado, Governador substituto e Prefeito de Feira, Carlos Valadares,
que nos considerava primos. Foi lá em
Santa Bárbara que tirei a primeira fotografia com meus avós e que meu pai,
posteriormente, mandou Nafitalino Vieira, amplia-la separando-me dos meus avós.
Lá o meu tio Florisberto recebeu uma facada quando passava em uma travessa, à
noite, por um indivíduo que o atacou por engano, confundindo-o com um seu
desafeto, conforme ficou esclarecido, vez que o próprio criminoso percebendo o
engano, socorreu-o e entregou-se à polícia. Mas a minha avó Naná, mãe dele, não
quis continuar morando em Santa Bárbara e voltaram para a sua Feira de Santana.
Em 1929 até 1931, morei na rua do ABC,
hoje Av.Sampaio, que era chamada “ponta de rua”. À época o meu pai já
trabalhava, como operário, na Fábrica Leão do Norte. Depois...
sexta-feira, 5 de abril de 2013
NOVO TRECHO - COSTUMES
Uma lembrança que tenho hoje, é dos costumes de quando comecei a entender
alguma coisa; o primeiro ensinamento, antes de papai e mamãe, era “tomar a
benção” aos mais velhos e beijar-lhes as mãos. Em 1997, no Povoado do Espínola,
município de Barra do Mendes,em um dia
de sexta-feira da paixão, vi um rapaz de quase trinta anos (Valdo), ajoelhar-se
na frente do padrinho (Salviano), de mãos postas, dizer: Louvado seja nosso
senhor Jesus Cristo, benção meu padrinho; e o velho respondeu “Deus seja
Louvado e lhe abençoe”. Era assim no século XIX em Feira. Mas em 1926 já fui
educado pedindo a benção de todas as pessoas idosas, independentes de serem
parentes ou não, apenas estendendo a mão direita.
Os idosos tinham o costume de pegar na ponta
do “pinto” da criança, com dois dedos, e levar ao nariz, dizendo me dá o pó;
naquela época se usava muito tomar rapé (fumo de corda torrado, moído e com perfume) e o
nome era pó. O interessante é que o vaso de guardar o pó, se chamava binga.
Também o pinto era chamado, entre muitos
nomes, o de binga. Daí a brincadeira dos velhos.
A escolha dos padrinhos era feita
antes de a criança nascer e eram escolhidos entre os melhores amigos, até
porque os padrinhos eram tidos com segundos pais. O número de padrinhos era de
cinco: 2 de batismo, uma de representação, outra de consagração e outro (a)
para Crisma.
Era quase uma obrigação dos Padrinhos
dar um “trocado” para o afilhado quando, casual ou premeditadamente, este o
encontrava e corria para pedir a bênção. Quando o padrinho era pobre, os
afilhados se limitavam a pedir a benção somente se o encontrasse por acaso.
Os
pais e os padrinhos eram compadres e tinham um grande e mútuo respeito. Até os
compadres sem batismo, feitos apenas “pulando” uma fogueira de São João ou São
Pedro, tinham quase a mesma consideração.
Entretanto, quando um rapaz ia “pular” uma
fogueira com uma moça, quando muito amigos, nunca se concretizava porque os rapaz
sempre dizia: “São João disse, e São Pedro assina – você é minha comadre... da
cintura pra cima...” acabava em risos e brincadeiras juninas.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
O BRASIL 'DE TODOS NÓS'
Depois de alguns anos sem escrever em jornais ou revistas, hoje me deu uma vontade danada de falar da situação em que estamos vivendo atualmente. Do passado, que tanto gosto, a partir de Getúlio que foi Ditador muito celebrado e um Presidente decrático muito apedrejado, dos Militares, que tinham o amparo da Arena e 80% dos poderes constituidos (ainda tem muitos no poder que viviam na cozinha dos babacas Militares que morreram, todos, todos mesmo, pobres e eternamente malhados ). Não, daquela minha época de 1930 até 1982, não vou falar. É assunto muito explorado
Quero falar da época atual, onde bandidos caçam policiais, votos são comprados abertamente com o rótulo de "bolsa família, bolsa fogão, bolsa geladeira, bolsa sêca, etc..Falar do hoje, onde a honestida passou a ser um defeito e a corrupção se transformou em virtude. Quero falar dos "maus tempos" em que o cidadão deliciava-se com a fresca da noite sentado, junto com a failia, em confortáveis cadeira na frente da sua casa...
Não, isto não foi coisa de 50 anos passados... foi ha menos de trinta anos. Quando só existiam duas classes de ladrões: os de galinha e os de colarinho branco, porem estes roubavam com discreção. Imaginem que a honestidade era tão respeitada que nós chegamos ao extremo de caçar o mandato de um Presidente... por corrupção!!! Sim. Foi aqui no Brasil. E, como cantava Nelson Gonçalves... "o boemio voltou novamente, partiu daqui descontente.." mas voltou e voltou como exemplo.
Me perdoem, mas eu quero desabafar. Quero externar a minha revolta, o meu repúdio, contra esta situação vergonhosa que se encontra o meu Brasil: O mensalão no Legislativo federal, do PT; O mensalão Distrital do DEM em Brasília, o menslão de Cachoeira que engloba estados e partidos PSDB, DEM e PT. E o Judiciário também está sendo atacado pela praga da corrupção, a partir de Lalau e centenas de processos contra juizes.
Preciso falar. Não posso silênciar deante dessa situação calamitosa em que vive o serviço de Saúde Pública. Onde os hospitais nunca têm vagas e os doentes são "avaliados", na verdade selecionados para morrer ou entrar para ser atendido. no chão dos corredores dos hospitais públicos, cujo atendimento, quase sempre feito por uma auxiliar de enfermágem, consiste em aplicação de bolsas de soro. Os recusados, saem perigrinando por outros hospitais até quando morrem à mingua. Os hospitais Públicos chegam a ponto de segurar as ambulâncias que necessitam atender outros chamados, mas não podem sair porque o Hospital não têm mais macas e maqueiros para tirar o enfermo trazido por ela. As parturientes... bem, destas nem precisamos falar: estamos fartos de vêlas parindo nas portas de hospitais, dentro de taxi, e a maioria em casa, às vezes com o sacrifício da sua vida ou do nasciturno.
E a Segurança Pública? Aí a coisa se inverte radicalmente. Seria cómico se não fosse trágico, ver os bandidos perseguuindo e matando policiais; (e se o Policial matar um, logo os "direitos humanos" acusam os Soldados de bárbaros, de fazerem justiça com as própria mãos, etc,etc.). Os cidadãos vivem enclausurados, com grades em portas e janelas, indo para o trabalho sempre com receio de não regressar. tem receio da sua filha ir para a escola e ser esturprada na primeira esquina.
O Governo proibe terminantemente do uso de armas por gente honesta e trabalhadora, enquanto os bandidos assaltam até quarteis das Forças Armadas para roubarem armas. Importam armas muito mais modernas que as dos Policiais. Vivem armados e contam com os melhores advogados.
No Brasil morre mais gente assassinada do que na guerra do Iraque, Cisjordania ou Siria.
Estamos no fundo do poço. Felismente o povo brasileiro não é como os árabes, se não já tinhamos uma revolução popular, há muito tempo. Os mais velhos já diziam: "o povo brasileiro é tão acomodado que se chegar um Presidente e dizer que aos todos os sábados os brasileiros devem comparecer à Delegacia Policial para levar uma surra, tinha gente que ia levantar mais cedo para não pegar fila..
O meu orgulho de ser brasileiro, quando a honestidade virou excessão e a corrupção é regra, está indo para a UTI, onde já se encontram a Saúde Pública, a Segurança, a Educação e...deixa pra lá!!!
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
COMENTÁRIO DE UM GRANDE HISTORIADOR
COMENTÁRIOS SOBRE O LIVRO “UM MARINHEIRO
DO BRASIL NA 2ª GUERRA MUNDIAL – FATOS QUE A HISTÓRIA AINDA OMITE:”
Carta-Comentário
do Prof. e Dr. Nilton Belas Vieira, Advogado, Professor Universitário de
História, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana.
Antonio...
....é
por isso que continuo estudando história e não me confesso, nunca me confessei,
um professor de história, mormente, quando acabo de assimilar as “verdades que
a história ainda omite”!
Veio-me à mente, já em forma de reciclagem
didática, o seguinte: essa história jamais seria lida e, posteriormente,
retransmitida por mim, nem por qualquer outro professor de história, haja
vista, faltar-me acesso às fontes históricas, que dão vida ou fazem renascer os
fatos históricos!
- E tem razão o nosso Edivaldo Boaventura
quando, hoje, à frente do jornal, A TARDE, ao lançar seu projeto, aliás bem
aceito, do JORNAL VAI ÀS ESCOLAS, como
fonte de pesquisas e de conhecimento! Leve o fato,, através da notícia, do
artigo, ao aluno...
O que li em seu livro, sem dúvida nenhuma,
atendeu` à LEAD da obra: verdades que a história ainda omite. Neste ensejo,
permita-me: e continuaria, até a edição, agora do seu livro, omitindo, como até
então, os fatos históricos, por muitos estudiosos, até o presente momento,
desconhecidos! Em particular, eu, que venero e cultuo a história, como a
ciência mater das demais...
“ Mais adiante ele encerra:”
- Agora,
presentemente, e doravante, o seu livro será uma fonte de pesquisa
permanente, tomando-se, sobretudo, como base, seus relatos pessoais, as
ocorrências, mormente sua saudade sentida, de “Bola Sete!”, dados estatísticos,
para que venhamos a ter, novos dados sobre esse episódio que se chama FATO
HISTÓRICO. Uma peça! Parabéns...
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
NASCE UM HEROI
Está na internet: JOAQUIM BARBOSA PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
É a revolta do povo contra um regime de corrupção que se instalou no Brasil. O descrédito do regime é tão grande que quando surge um Ministro da Alta Corte da Justiça, verdadeiramente honesto, o povo o ovaciona das mais diversas e efusivas maneiras: candidato natural lançado pelo para a presidência da República, mascaras com suas feições como ídolo popular, comentário expontâneo (e obrigatorio) em todas as reuniões que juntem mais de duas pessoas, e-mails com a sua biografia humilde e impoluta, enfim, eleito, intimamente, pelo povo brasileiro como o exemplo de honestidade e a salvação do Poder Judiciário.
É bonito e vergonhoso. Bonito como a história do velhinho troiano que, em um jogo olímpico, atravessou por todos os torcedores de Troia e chegando junto aos torcedores gregos, estes, ao mesmo tempo, levantaram-se oferecendo o lugar para que ele ficasse sentado. Ato contínuo, todos os torcedores troianos aplaudiram o ato dos gregos. Moral: eles admiravam o ato, mas não sabiam praticá-lo.Vergonhoso poque a honestidade deveria ser coisa normal.
O Excelentissimo Ministro Dr. Joaquim Barbosa é o troiano que o povo brasileiro aplaude de pé. O povo admira a honestidade mas não sabe usar a arma para faze-la valer: O VOTO.