segunda-feira, 19 de abril de 2010

Gastão Clovis de Souza Guimarães (Dr. Gastão Guimarães)

O espaço de um blog é muito pouco para se falar sobre o Dr. Gastão Guimarães. O meu respeito pelo gênio que foi, a minha veneração pelo mestre de literatura que tive na Escola Normal e admiração pelo homem generoso, fazem-me sentir a "pequenez suprema", que alude em sua poesia, para falar na sua imaculável vida e na grandeza da sua obra.
A sua biografia é conhecida por todos os feirenses. Sabemos que nasceu no dia 11/04/1891 na cidade de Belmonte, no sul da Bahia; que estudou com seu padrinho João Florêncio, que recebeu diploma de doutor em Medicina, em 1912; que se casou com D. Palmira de Oliveira Freitas, natural de Feira de Santana, em 1923 e que, desde 1916, tinha residência nesta cidade.
Os seus filhos, Arminda Emília (Minda), Clementina Otília (Itã), Olga Noêmia (Niá) e Venceslau Unapetinga (Una) foram os frutos de uma exemplar família que também continuou a produzir excelentes frutos.
Em 1920, Dr. Gastão já demonstrou o seu forte espírito de abnegação, atendendo com toda dedicação aos variolosos, vítimas de uma doença muito contagiosa como a chamada "peste da varíola" que assou a Feira de Santana. Atendia rico e pobre com o mesmo carinho. Assistia na Santa casa de Misericórdia, gratuitamente, e ia ver um doente em sua resdiência, por mais humilde que fosse, sem cobrar um centavo. Em 1934/1935, voltou a enfrentar os perigos de outra terrível peste, a Bubônica, com a mesma dedicação que tivera na anterior.
Foi professor de literatura e diretor da Escola Normal e também professor no Ginásio Santanópolis juntamente com o Padre Mário Pessoa que foi seu amigo de infância desde o Colégio São José até a morte.
Em 1937, com apenas 12 anos, tive a honra de participar das festas comemorativas do seu jubileu de prata: Festa com crianças na Praça da Matriz, manifestação de organizações religiosas na Igreja Matriz, manifestação dos alunos da Escola Normal Rural de Feira de Santana, Missa em Ação de Graças, Churrasco oferecido pelos amigos para todo o povo na chácara de D. Guilhermina Motta, D. Lolô, culminando com uma festa dançante no salão da Sociedade Filarmônica Vitória, da qual fora eleito orador perpétuo.
Por todas as qualidades citadas anteriormente, e por muitas outras, que, em 2004, ano do cinquentenário de morte do saudoso Dr. Gastão, ese foi homenageado com toda justiça pelo então presidente da Câmara Municipal, Antônio Carlos Coelho, com a criação da Comenda Gastão Guimarães, destinada aos profissionais de saúde, que assim como ele, prestaram trabalhos relevantes no município.
Enfim um gesto de gratidão ao homem que foi honra e glória de Feira de Santana!

Um comentário:

Carol Stones disse...

Adorei esse blog. Pra mim é um achado e tanto. Sou feirense e estudo jornalismo. Estou no sétimo semestre e meu trabalho de conclusão será sobre os imigrantes em Feira. Se o senhor tiver alguma informação legal pra me passar, ficarei muito grata.

Carol

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